Escultura Religiosa
Anexos
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Miniatura
Número de registro
008
Denominação
Escultura Religiosa
Título
“Santana Mestra”
Autor
Classificação
Resumo Descritivo
Conjunto escultórico composto por duas figuras femininas: uma de meia-idade e uma de menina; a de meia-idade encontra-se assentada em uma cadeira, em posição frontal, com a cabeça erguida, de olhos abaixados; cabelos compridos, parcialmente cobertos por um véu curto; tem os braço direito flexionado á frente, mão segurando um livro aberto, de capa vermelha, que se apóia em seu colo; o braço esquerdo flexionado lateralmente, acolhendo a menina, em cujo costado apóia sua mão; tem as pernas dobradas e levemente recolhidas para dentro, com os pés em ângulo suave, dos quais se vê as pontas vermelhas dos sapatos que os calçam. Veste uma túnica branca, com mantelete, e padronagem em motivos fitomorfos dourados; um manto vermelho, de forro azul (?) lhe cobre os braços e o costado. A menina está de pé, do lado direito, em posição de meio-perfil, de cabelos grandes, amarrados em coque por trás; cabeça inclinada à frente, com o olhar dirigido para o livro aberto; braço direito flexionado, com a mão sobre o livro, para o qual aponta com o indicador estendido; braço esquerdo flexionado lateralmente, com mão aberta, segurando o livro por baixo; perna direita dobrada, e a outra oculta; veste uma túnica de tom claro, com padronagem em dourado, e um manto azul (?), de forro vermelho, com detalhes dourados na padronagem, jogado pelo braço direito e colo. Cadeira de espaldar alto, com a parte superior decorada em relevo de volutas e entrelaçados dourados, com fundo azul, com pintura de flores douradas; braços curvos terminados em volutas; pernas de secção quadrangular curvas, com pés em sapatas. base de formato circular irregular, com pintura preta.
Altura (cm)
23,5
Largura (cm)
10,5
Profundidade (cm)
10,3
Material
Data de produção
Características Iconográficas/Ornamentais
Iconografia: Santa Ana, esposa de São Joaquim e mãe da Virgem Maria, cujo culto é bem antigo, datando do século VI, no Oriente, e do século VIII, no Ocidente. A história de Santana não se encontra na Bíblia, foi criada em cima de uma tradição que bebeu suas fontes nos escritos apócrifos, especialmente no "Proto-Evangelho de São Tiago" ou "Livro sobre a natividade de Maria", do século II d. C.. Culto bastante comum em Minas Gerais onde teria chegado com os primeiros povoadores, daí proliferando-se rapidamente. Outro fato que auxiliou essa proliferação foi o papel das confrarias de Santana, associadas à caridade e à cura de doenças. Em Minas Gerais geralmente aparece sob a invocação de Santana Mestra, uma matrona sentada em uma cadeira com um livro aberto nos joelhos, ensinando (ou aprendendo) com a Virgem menina. As variações de sua representação ficam a gosto do artista, da época e da região. (1); (2) e (3)
Características Estilísticas
Peça de origem certamente baiana, datável do século XVIII, de tratamento inexpressivo.
Características técnicas
Peça esculpida em duas parte de madeira, com a cabeça da Menina (em madeira mais escura ) encaixada – talvez posteriormente; policromia em azul, vermelho, bege, preto, branco e outros tons indefinidos, em função das intervenções sofridas pela peça; douramento com uso de pastilho.
Referências Bibliográficas/Arquivísticas
ROIG, Juan Ferrando. Iconografía de los Santos. Barcelona, Ediciones Omega, 1950;||PASTOUREAU, Michel e GASTON, Duchel-Suchaux. La Biblia y los santos. Madrid, Alianza Editorial, 1996.||ALVES, Célio Macedo. “Um Estudo Iconográfico”. In: COELHO, Beatriz (org.). Devoção e Arte - Imaginária Religiosa em Minas Gerais. Editora da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2005.